terça-feira, 11 de setembro de 2012

Rostos flutuantes

   Hoje vi rostos flutuandos, sorrisos débies com lábios fouxos.
   A expressão bizarra, formolizada, com dentes afiados saindo da boca sem vida.
   Risos ecoando na sala lotada. O cheiro de formol e gordura humana antiga, peles e pelos produzindo um efeito estranho. Um tapete no frasco de líquido.
   Por mais que não devo ainda penso nos sorriso, no cheiro, nas vidas. Não devo pensar devo não.
   Consigo pensar. Devo não.
   Eram humanos, mas eram peças. Todos os humanos são peças.

Nenhum comentário:

Postar um comentário